A primeira notícia que venho comentar hoje é a da criação de dois novos partidos, o Solidariedade (???) e o PROS, enquanto o Rede Sustentabilidade, de Marina da Silva, corre o risco de não conseguir passar pela burocracia do TSE a tempo das eleições de 2014. Não simpatizo com a Marina em si, mas é muito, no mínimo, curioso que esses dois partidos tenham conseguido surgir do nada. O PROS começou a ser articulado em Janeiro, e, se não me engano, o Rede já está sendo anunciado desde ano passado. Então a pergunta que fica no ar é, “Como dois partidos surgem do nada e conseguem o número de assinaturas necessários e o Rede está ainda em processo?”. Vale notar que o Solidariedade já está fazendo articulações políticas e já deve garantir alguns deputados, ou seja, verba e tempo “gratuito” de televisão.
Acredito que o Rede consiga ser formalizado a tempo da eleição. Provavelmente a pressão social sobre essa aberração na democracia (partidos de mais do mesmo surgindo e partidos com potencial de mudança sofrendo com a lei) deve superar a intransigência da lei (“pode abrir precedentes perigosos”). Vão dar um jeitinho pra coisa não parecer tão feia quanto está, ou estão mesmo abusando dos “20 centavos”. Uma pena que a turma dos 20 centavos seja pelo “sem partido”…
Infelizmente a justiça vai reforçando sua imagem de velha caquética, que demora a dar veredictos, enquanto os poderosos se beneficiam com a demora (embargos infringentes…), o cidadão fica na cadeia esperando o julgamento. Enquanto um partido com real identificação por ideais (ao menos, a princípio, embora tenha minhas dúvidas sobre o caráter liberal do partido e a dúvida entre ser religiosa ou ser liberal da Marina, quando emite algumas opiniões) tem sua análise (medieval) de assinaturas barrada pela justiça, material de reciclagem do lixo partidário aparecem (lembrei do caso do Brazão arrumando um jeito de colher assinaturas para um partido, mas não é nenhum desses dois).
Ainda na política, Wagner Montes se filia ao PRB. É o tipo de mistura explosiva, do sensacionalismo policial com o sensacionalismo religioso, boa coisa não vai sair daí… Ao menos, apesar do nome “Republicano Brasileiro” não significar coisa alguma (todos os partidos supostamente são republicanos e brasileiros ou não?), a ideologia do partido está sendo bem preservada. Se ao menos se chamasse partido sensacionalista conservador… (PSC, opa!)
Enquanto isso, a Janira pede licença médica. Deve estar mal, mas isso me cheira a desculpa para enrolar o julgamento. Também tenho certas discordâncias com o PSOL (ao menos, esse tem algo para concordar e discordar), acredito que o partido, para preservar o status de partido sério em busca de reformas, deveria expulsar a senhora imediatamente. Infelizmente, a herança maldita do PT parece ter se manifestado no PSOL, em dois lados: no de haver mutreta durante as eleições e no de negar o problema e “esperar a decisão correta”. Em matéria de enrolar, a Janira podia ensinar ao senador norte-americano, que fez discurso de 21 horas.
Sobre a Tim, parece que a sua dona italiana está em dificuldades e venderá a parte brasileira, sendo a principal candidata a comprar a dona da Vivo. Será uma pena perder as promoções de 25 centavos e viver entre o monopólio da Viva ou as porcarias restantes (Oi e Claro).
E agora, veja como a Fifa está antenada com as leis brasileiras:
Pra quem não entendeu, a Fifa não segue as leis do país, o país é que deve seguir as leis da Fifa.