Beijo Gay no Novela

Está havendo uma polêmica (sempre tem) sobre um possível beijo gay na novela das 9. Alguns atores são contra (Antônio Fagundes e o próprio Solano), bem, não exatamente contra, mas afirmam ser “desnecessário”. Podem até não sr contra em si, mas talvez estejam temerosos pela turma da moral e bons costumes, que tem diminuído.

Mas, se o beijo gay é desnecessário, digo o mesmo sobre os beijos hétero, em especial cenas de vários minutos de pegação totalmente desnecessárias para o transcorrer. Algumas vezes, me sinto como um voyuer vendo certas cenas e, na minha opinião, seja o beijo gay ou hétero, são coisas desnecessárias. Talvez só um selinho, homo ou hetero, para demonstração de carinho.

Então, se você não suportaria ver um beijo de língua gay na televisão (eu também não me sentiria bem, mas não me sinto vendo o hétero), mas está tudo bem em ver uma pegação hétero, então você é PRECONCEITUOSO.

Ademais, também não gosto de ver na rua dois homens se pegando. Nem duas mulheres, nem um homem e uma mulher. Acho deselegante essas pegações tórridas na rua. Alguns me chamarão de intolerante por só ter lido a parte homo, mas intolerante é quem está tudo bem em ver um casal hétero na rua se pegando freneticamente, mas condena um casal gay.

E, sobre o beijo gay na novela novamente, acho que tem mais é que ter mesmo. E digo mais, deveria ser uma cena daquelas de peitinho aparecendo, mão na nuca, respiração ofegante. Não gosto desse tipo de cena, mas, se é pra dar um choque de realidade e combater a hipocrisia, acho super válida e espero que aconteça.

Hipocrisia

Da Wikipédia:

A hipocrisia é o ato de fingir ter crenças, virtudes, ideias e sentimentos que a pessoa na verdade não as possui.

De fato, os demagogos gregos defendiam as classes mais pobres, em geral fazendo uso de violência e outros artifícios apelativos, sem restrições de ordem comum, alegando o benefício de suas próprias ações na defesa de direitos da maioria, justificando-se como tal uma oposição à aristocracia conjuntural.

O episódio dos rolezinhos fez brotar muits declarações hipócritas e/ou demagógicas. E essas declarações servem de exemplo para diferenciar a hipocrisia da demagogia:

Um exemplo de hipocrisia é o sujeito enaltecer o absurdo da preocupação de shoppings com as aglomerações de pessoas pobres (se a preocupação é de fato com o fato de serem pobres e negros ou não, é outra discussão) enquanto ele próprio alimenta rótulos ao pensar que todo pobre ou negro tenha como “cultura” correr e gritar em público.

Um exemplo de demagogia é o cara convocar um rolezinho para fazer coisas que ele acha que todo pobre e negro faz, com o objetivo disfarçado de combater o consumismo (argumento falacioso, pois os depoimentos dos próprios “rolezeiros” originais é de que eles gostam de gastar dinheiro, às vezes até o que não tem) ou de combater o preconceito, mas, sua real intenção é se promover nos seus próprios princípios.

Então chegamos à turma dos Petralhas, que possuem um QI abaixo do torcedor de futebol fanático que precisam apenas de uma confusão, para defender princípios que o próprio PT já esqueceu, para protestar contra o governo que está aí nos oprimindo, contra a mídia manipulativa. Por sinal, esse argumento da mídia manipulativa nos traz à tona uma  falácia clássica, “Tu quoque”, que consiste no “faço isso, mas fazem muito pior que eu”, como que um erro justifica o outro. De novo, à Wikipédia:

Tu quoque (tu também)
Consiste em admitir um erro que os outros também cometem, como se fosse uma desculpa.Ex.: Você também foi acusado de crime de corrupção.

E, então, todo o foco foi desviado, o que era apenas para ser uma ideia de adolescentes de perturbar os outros (adolescentes fazem isso) virou uma discussão social, e o evento foi apropriado por pessoas com as quais a turma do rolezinho não se importa.

SE VOCÊ É REAÇA E ESTÁ SE TREMENDO DE DESGOSTO COM MEU “CONSERVADORISMO”, LEIA A PARTIR DAQUI

Agora, se você é um reaça e chegou até o fim do texto (improvável), provavelmente pulando por desgosto (espero que tenha lido a  linha acima e parado aqui), como aconteceu comigo lendo o texto da Aliança Revolucionária do Proletário Jovem, gostaria de realizar um questionamento pacífico: qual seria a posição correta dos shoppings? Não com relação a barrar pessoas com base em cor de pele, roupa ou idade, isso acho que devemos concordar, que ninguém deve ser barrado já que é um espaço PRIVADO ABERTO AO PÚBLICO (isso também tem gerado muitos raciocínios errados na parte de quem condena o rolezinho, considerando o shopping como um espaço privado, o que não é, como explicado neste vídeo) e que sim, uma triagem na entrada do shopping seria preconceito e discriminação. Vale notar que shoppings costumam colocar avisos de proibido para pessoas descalças ou sem camisa, mas creio que isso não possa ser considerado alguma intolerância.

Mas gostaria de saber, caro reaça, qual deve ser a postura do shopping de acontecer um churrasco (não foi o que a turma do rolezinho fez, mas foi o que a turma do anarco-socialismo fez na sua versão do rolezinho), se colocarem música alta na frente de uma loja, se começarem a dançar em cima da mesa da praça de alimentação. Porque eu não me sentiria bem com uma situação dessas, assim como não me sinto bem quando colocam música alta no ônibus.

Será que um pouquinho de respeito ao próximo é ir contra a cultura do país? Aliás, será que esse comportamento favelado realmente é uma cultura? Será culpa dos trópicos, que estamos adotando um estilo dos países temperados num país tropical? Pode ser que eu tenha sido criado neste conceito “errado” e que a sociedade deva se tropicalizar mais, mas acredito que, para um bom convívio, não costumava nada abaixar a voz, passear com calma e ouvir sua música no seu fone, ou na sua casa num volume baixo.

É triste, mas é uma grande hipocrisia o coitadismo social, justificar um comportamento nocivo para algumas pessoas (e às vezes, até criminoso) como parte da condição social da pessoa.

Para mais ler um resuminho sobre os principais comportamentos de discussões com hipócritas, leia este link.